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Crime e terrorismo de mãos dadas em Portugal

09 de Abril de 2025

José Carlos Sepúlveda da Fonseca

José Carlos Sepúlveda da Fonseca

Crime e terrorismo de mãos dadas em Portugal

Têm-se tornado recorrentes matérias jornalísticas a respeito da presença crescente, em Portugal, de relevantes operacionais pertencentes a organizações criminosas brasileiras, como o «Primeiro Comando da Capital». «Funcionando como uma multinacional, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem células adormecidas, uma influência crescente sobre a economia legal e lutas de poder», noticiou o semanário «Expresso» numa reportagem intitulada «PCC em Portugal: nos meandros da maior organização criminosa da América Latina». Por sua vez, o jornal Público noticiou que «o desembarque em Portugal de organizações criminosas brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), seguindo o mesmo caminho do fluxo migratório de brasileiros para o país, colocou as autoridades judiciárias em alerta».

O PCC domina hoje vastas áreas de cidades brasileiras, praticando todo o tipo de crimes: assaltos, assassinatos, tráfico de drogas e de armas, branqueamento de capitais, etc. E a sua actuação expandida fez com que a influência criminosa da organização se sentisse em diversos campos, por exemplo, no mundo futebolístico, no universo político ou nos meandros do Judiciário.

Contribua com qualquer valor para o site "Cristãos Atrevimentos" Quero Doar Causa estranheza a facilidade com que muitos elementos do PCC, condenados até pela Justiça no Brasil, se movimentam e se acolhem em Portugal sem vigilância das autoridades dos dois países. É muito elucidativa a reportagem do Diário de Notícias, de 11 de Março deste ano, que noticia a detenção de um importante operacional desta organização criminosa, o qual se encarregava da logística para recolher droga em portos portugueses. O detido, estava na sua casa, na grande Lisboa, era residente em Portugal, apesar de ser alvo de um mandato de captura internacional. Acrescenta ainda a reportagem do Diário de Notícias: «O PCC é considerado a maior e mais violenta organização do narcotráfico da América Latina e a sua presença em Portugal já tinha sido sinalizada pelas autoridades brasileiras e em investigações jornalísticas, como a do Expresso, segundo a qual "os operacionais do PCC já controlam em Portugal um ‘polvo’ de empresas nas áreas do imobiliário, da construção civil, transferência de jogadores de futebol, aviação privada, importação de frutos exóticos, restauração e até barbearias".»

Organizações, como o PCC, têm proliferado à sombra da leniência de correntes de esquerda no poder que insistem em ver os criminosos como «vítimas da sociedade», fruto de alegadas «injustiças sociais». Por isso muitas políticas públicas, em Portugal e no Brasil, são conduzidas com hostilidade indisfarçável às forças policiais e leniência em relação aos criminosos. Tudo, é claro, com ampla cobertura jornalística de tendência semelhante.

O fenómeno dos narco-Estados, ou seja, de vastos aparatos estatais controlados pelo crime organizado e pelos cartéis do tráfico da droga, é um problema que tem assombrado países na América Latina, sob o bafejo do chamado «Fôro de S. Paulo», uma organização internacional das esquerdas fundada por Lula da Silva e Fidel Castro.

No final do mês de Março o governo de Israel, através do seu Ministério da Defesa, lançou um alerta grave ao governo Lula, apontando o uso de um banco virtual, ligado ao PCC, para financiar actividades terroristas. De acordo com a revista brasileira «Oeste», esse banco digital já é investigado por lavagem de dinheiro e movimentação de cerca de mil milhões de euros para o crime organizado, em 15 países. Segundo a dita revista, «o documento israelita revela que as verbas ´seriam operacionalizadas para movimentação de criptomoedas com fins de perpetração de crimes de terrorismo´».

O alerta do governo de Israel parece não ter tido muita ressonância nos meios oficiais do governo esquerdista de Lula da Silva, muito acarinhado por diversas correntes políticas portuguesas.

A degradação do ambiente de segurança em Portugal é evidente. Estará agora o País a tornar-se uma base segura para que operacionais de organizações criminosas, como o PCC, exerçam aqui as suas actividades em prol do terrorismo internacional?

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