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Os moderados… esse perigo!

28 de Março de 2025

Valdis Grinsteins

Valdis Grinsteins

Os moderados… esse perigo!

Há uma citação de Churchill de que gosto muito: «Os moderados são uma classe de muito ilustres senhores – todos bons homens, todos honestos – que estão preparados para fazer grandes sacrifícios em prol das suas opiniões, mas não têm opiniões».

Muito bem observado. «Moderados» é uma forma elegante de dizer que são social e politicamente medíocres aqueles a quem poderíamos chamar de boas pessoas no que diz respeito às suas vidas privadas. Porém, perigosas quando se trata de algo maior do que os seus interesses egoístas. Um moderado nunca irá agredir alguém como faria um ladrão, podendo até defender outras pessoas se perceber que estão a ser agredidas.

Contribua com qualquer valor para o site "Cristãos Atrevimentos" Quero Doar Mas se passarmos de um problema pessoal para um problema colectivo, o moderado será a pessoa ideal para nos causar tristes decepções e nos colocar à mercê dos maiores perigos. Será o tipo de pessoa que se opõe à política de armamento do seu país para repelir eventuais agressões estrangeiras, porque se ele, o seu vizinho e o seu melhor amigo não atacam ninguém, ele não entende por que irá o seu país ser atacado por outro. Se lhe dissermos que uma imigração descontrolada é perigosa quando deixa entrar vagas humanas de costumes e culturas hostis e sem vontade de se integrarem, o moderado responderá que na sua rua vive um imigrante da Gronelândia que se dá bem com todos os vizinhos, embora seja verdade que deixa o ar condicionado ligado o dia todo.

O moderado não quer entrar em conflito com ninguém, por isso é um «centrista político», ou seja, alguém que se coloca na firme posição medíocre de quem não tem opinião, acabando por ser um aliado da esquerda, porque todos os dias cai na armadilha de acreditar no que dizem os jornais.

Os editores dos jornais, que não são nada estúpidos, exageram os adjectivos contra a direita, apontando-a como «extrema direita» e suavizam os adjectivos contra a esquerda, chamando-lhe «centro-esquerda». Claro que o moderado vai logo colocar-se onde pensa que está o centro, ou seja, na esquerda do contexto e do debate político.

Um país onde predominam os «moderados» está geralmente condenado à auto-aniquilação e não serve para nada.

Para se perceber isso, imagine-se um moderado conversando com o seu vizinho na era do Portugal heróico, quando os nossos antepassados embarcavam em pequenas naus e chegavam até ao Japão para levar a Fé Católica e a Civilização Cristã aos povos que viviam sob o paganismo.

O Dom Moderado diria: "Sim, apoio as navegações portuguesas, desde que não exagerem, claro! Não faz sentido perder vidas só para ver se existe outro mar além deste. Mas até estou disposto a ajudar financeiramente uma viagem, desde que me devolvam o dinheiro com alguns juros. Gosto de ver a bandeira portuguesa tremular aos ventos da Ásia e até me emociono com a conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque, mas acho que ele não precisava de construir por lá uma fortaleza nem de ser tão severo na guerra. Bastaria que se desse bem com os nativos, que negociasse com eles... Não acredito que os turcos e outros muçulmanos nos odiassem pela nossa fé. Mas até estaria disposto a morrer por ela, só que hoje não há mais mártires, por isso a minha disposição é apenas teórica».

Peço desculpas a quem se sentir ofendido por este artigo. Tenho a certeza que é pessoa honesta e boa...

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