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A nova guerra contra o automóvel!

04 de Março de 2025

Valdis Grinsteins

Valdis Grinsteins

A nova guerra contra o automóvel!

Por todo lado é o mesmo problema. Cada vez mais restrições ao uso de automóveis privados. Eliminam-se locais para estacionar e nos que ficam cobram-se preços absurdos ou limita-se o tempo apenas a duas ou três horas. Muitas ruas são fechadas para carros não oficiais e uma parte das faixas de circulação torna-se exclusiva para ciclistas, atrapalhando ainda mais o trânsito que se pretende eliminar. Em certas cidades também se vê uma série de obras a começar ao mesmo tempo, com o inevitável encerramento de ruas e perturbação infernal do trânsito durante meses sem fim. Não falta também a imposição de novos e implacáveis limites de velocidade, às vezes tão absurdos que até uma criança em bicicleta se desloca mais rapidamente. Qualquer transgressão, como é sabido, está sujeita a multas severas, com restrições de todo tipo sempre a aumentar. Existem até cidades, como Oslo ou Madrid, que dizem estar em «guerra contra o automóvel»!...

Qual o motivo para este absurdo? Acaso o automóvel só traz problemas? Será que o automóvel privado é mau quando serve para levar uma criança às urgências, por exemplo? Acaso seria melhor tentar levá-la em transporte público, sujeitando-a ao frio, à chuva ou a uma espera incerta?

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Como se explica, então, que haja cada vez mais países a colocar restrições à utilização do automóvel privado? Será só zelo ambientalista? Ou haverá outra explicação? Na realidade, não é por valorizar o ambiente mas fundamentalmente por ódio à desigualdade e a qualquer forma de superioridade. Explico-me:

O comunismo tem como substrato moral um vício chamado inveja. O comunista, na verdade, não quer que todos possuam o mesmo, pois ele é o primeiro a querer ficar com mais, a querer confiscar, desapropriar ou roubar quando a sua ditadura se instala. O comunista odeia aquele que tem mais, que é mais, que pode mais. Ele acha-se humilhado, pisado, burlado e magoado quando alguém possui o que ele não tem.

Ora, neste mundo igualitário, um dos poucos bens que ainda reflecte alguma riqueza é o tipo de automóvel que se possui. Das pessoas que vemos na rua não sabemos em que tipo de casa vivem e pela maneira de vestir também já não podemos dizer se têm muito ou pouco dinheiro. Pelo uso de jóias tampouco se pode fazer uma avaliação, porque já quase ninguém traz esses adornos, seja pelo medo de roubo, seja por complexo de humildade. E objectos como relógios ou canetas são demasiadamente pequenos ou dificilmente visíveis para determinar a fortuna de uma pessoa.

Mas o automóvel é outra coisa. Quando uma pessoa anda em automóvel de luxo ou de certa categoria, pelo menos, a inveja comunista logo se revela e dá lugar ao desejo de fazer mal ao proprietário ou de causar algum dano ao carro. Por exemplo, contou-me uma senhora da Venezuela que, ao passar com o seu carro perto de uma manifestação de seguidores do defunto ditador comunista Hugo Chávez, apareceu uma invejosa que bateu no veículo gritando raivosamente: «um dia este carro vai ser meu!».

O comunismo está desacreditado como sistema econômico porque é comprovadamente sabido que não produz riqueza, mas apenas miséria. O que fará então o comunismo para acabar com os automóveis privados, sabendo que não pode simplesmente proibir as pessoas de os comprar?

A solução consiste em colocar o maior número possível de restrições ao uso do automóvel, fazendo ao mesmo tempo propaganda de «meios alternativos» de transporte. Começam então a surgir os carros partilhados, as trotinetas e bicicletas eléctricas, etc. Fazem-se obras faraónicas para transportes públicos (muitas delas de utilidade duvidosa), aplicam-se taxas cada vez mais pesadas para se estacionar ou para abastecer com combustíveis «poluentes», impõem-se cada vez mais renovações da carta de condução a partir dos 50 ou 60 anos, insiste-se obsessivamente nas «soluções» ditas ecológicas, etc.

Se «na guerra vale tudo», como se costuma dizer, parece que também nesta guerra especifica contra o automóvel se pode esperar qualquer arbitrariedade.

Este é o resultado da decadência a que chegou o Ocidente e a Europa, em particular. Minada por toda a espécie de vícios morais, a sociedade européia, que outrora foi modelo para as sociedades do mundo inteiro, corre o risco de sucumbir ou de se transformar em «museu» se continuar a investir nas «culturas» da morte como o comunismo ou o nazismo, no aborto, na eutanásia, no fanatismo ambientalista ou na imigração selvagem e hostil.

Vamos deixar que este declínio dramático siga livremente o seu curso ou vamos finalmente reagir?...

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