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Considerações Sobre a Simbologia Cristã

24 de Março de 2025

Leonardo Przybysz

Leonardo Przybysz

Considerações Sobre a Simbologia Cristã

O homem é um ser espiritual-sensitivo que precisa de símbolos para aproximar de si aquilo que é espiritual. Às vezes uma vaga sensação de seu rico conteúdo pode lhe dizer mais do que palavras.

Devemos procurar as hamonias que Deus colocou entre o que é visível e o que é invisível. Caso contrário, podemos nos perder em considerações genéricas que podem nos desvirar do tema.

Contribua com qualquer valor para o site "Cristãos Atrevimentos" Quero Doar Entre os cristãos instruídos dos primeiros séculos, muitos conheciam os símbolos tão bem como o alfabeto ou talvez até melhor. De onde, pregando ao povo, os Padres da Igreja se inspiravam no mundo dos símbolos. Os símbolos eram tratados como a linguagem dos quadros, que hoje é preciso ensinar novamente.

São Tomas de Aquino trata desse assunto em sua vasta obra doutrinária. Igualmente Santo Agostinho, em seu livro sobre a doutrina cristã, explica os princípios que nos orientam nesta matéria. O bispo francês Dom François-Alexandre de la Bouillerie, em sua obra «Estudo sobre a simbologia da natureza interpretada segundo a Sagrada Escritura e os Padres da Igreja» tece considerações muito elucidativas sobre o assunto.

Vejamos a simbologia da luz. Os pagãos adoravam o sol como deus. Já para os cristãos o sol é símbolo de Cristo.

As primeiras palavras que Deus pronunciou após ter criado o céu e a terra foi: «Que se faça a luz!». Os santos, que compreendem melhor do que nós os inefáveis segredos de Deus, têm também uma inteligência mais profunda das relações que Deus criou entre o visível e o invisível. É por isso que nós admiramos frequentemente, na história de suas vidas, a apurada noção que eles tinham sobre as coisas da natureza.

São Gregório conta em seus «Diálogos» que uma piedosa dama romana, Santa Galla, admirava tanto a luz, que ela temia até as trevas noturnas. «Ela queria que durante a noite dois candelabros permanecessem acesos em seu quarto como se fossem para ela, incessantemente, a imagem da luz espiritual» – diz o mesmo São Gregório.

De que modo Deus comunica Sua luz ao homem? Essa comunicação se faz através de três graus diferentes, que são como três degraus de ascensão para nos elevar até Ele. Primeiro Deus dá ao homem a luz da razão que o distingue do bruto, do animal irracional: que pensemos, julguemos, comparemos, que percebamos a verdade. Esta primeira luz basta para fazer com que conheçamos a Deus.

Como diz São Tomas de Aquino, assim como a ave noturna, devido à natureza de seus olhos, não pode suportar a luz do dia, assim também o homem, devido à deformidade da razão, não pode contemplar o esplendor de Deus. Isso só acontecerá quando estivermos na presença de Deus. É o rei-profeta (David) que o diz: «Em vossa luz veremos a luz» (in lumine tuo videbimus lumen).

São João Evangelista nos ensina que «o Verbo Divino é a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo». Nosso Senhor Jesus Cristo diz d’Ele mesmo: «Eu sou a luz do mundo» (Ego sum lux mundi) e o Apóstolo São Paulo lembrou que «Nós somos os filhos da luz».

NR: Este artigo foi escrito na ortografia original em uso no Brasil.

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