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Cristãos do Médio Oriente votados ao abandono

15 de Março de 2025

Ferrand d\'Almeida

Ferrand d\'Almeida

Cristãos do Médio Oriente votados ao abandono

A situação dos cristãos no Médio Oriente, especialmente na Síria, tem sido marcada por cruéis perseguições aos cristãos, em decorrência das recentes mudanças políticas no país. Após a queda do regime de Bashar al-Assad, o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), de orientação islamista, assumiu o controle de várias regiões, incluindo Damasco e Alepo. Esta transição gerou compreensivelmente um clima de incerteza e apreensão entre as comunidades cristãs locais, pois estão agora sob perseguição e certamente em risco de serem completamente expulsas ou exterminadas na Síria.

Historicamente, sob o regime de Assad, os cristãos gozavam de certa protecção e liberdade religiosa. Contudo, com a ascensão do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), surgiram preocupações sobre possíveis restrições às práticas religiosas e aos direitos das minorias. Em áreas anteriormente controladas pelo HTS, estas preocupações rapidamente se transformaram em terror com os recentes ataques das forças de segurança do governo, principalmente contra as comunidades católicas que são as mais repudiadas pelos muçulmanos.

Contribua com qualquer valor para o site "Cristãos Atrevimentos" Quero Doar Recorde-se que o actual presidente da Síria, Al-Sharaa (anteriormente conhecido pelo pseudónimo «Al-Jolani»), era (e afinal continua a ser!) um líder jihadista da Al-Qaeda, organização terrorista fundada por Osama Bin Laden, responsável pelos ataques do 11 de Setembro e por muitos outros atentados e crimes.

De acordo com a Agência Nacional de Notícias libanesa (NNA), mais de 1400 famílias entraram no Líbano. O governador de Akkar, Imad Labaki, disse à NNA numa entrevista que cerca de 6.000 pessoas, incluindo membros de 40 famílias libanesas, estavam a viver na planície de Akkar e em partes da região de Dreib.

Em localidades como Maaloula, uma cidade de maioria cristã conhecida por preservar o idioma aramaico, a população enfrenta desafios dramáticos. Após a mudança de regime, residentes relataram incidentes de assassinato, saques e vandalismo, especialmente contra os que são acusados de terem apoiado grupos da oposição durante a guerra civil. Membros de várias facções islamistas, integrados no Ministério da Defesa e nas forças armadas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), andaram de porta em porta a matar civis, incluindo mulheres e crianças. Muitos dos massacres foram filmados pelos próprios islamistas.

Ao mesmo tempo as forças do governo atacam também o património cultural e religioso da região, destruindo igrejas, cemitérios e todos os símbolos cristãos.

Segundo estimativas não oficiais, o número de pessoas mortas pelos jihadistas ascende a vários milhares, continuando a aumentar o número de refugiados e deslocados.

Em suma, os cristãos no Médio Oriente, particularmente na Síria, encontram-se votados ao abandono. A defesa dos seus direitos e a protecção das suas gentes têm sido completamente ignoradas pela comunidade internacional, principalmente pelo Ocidente cuja matriz cristã devia já ter suscitado uma vigorosa acção de solidariedade, defesa e salvamento desses pobres cristãos perseguidos e martirizados.

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