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Mundo simbólico

08 de Fevereiro de 2025

Leonardo Przybysz

Leonardo Przybysz

Mundo simbólico

Mundo simbólico

 

A Igreja sempre ensinou que o homem deve admirar as coisas que Deus criou e que cercam o homem de todos os lados. No universo se espelham as belezas infinitas de Deus.

O homem é um ser essencialmente admirativo que deve elevar-se a Deus não só pela oração, mas também pela admiração das coisas belas que Deus colocou no universo. Este é um imenso livro que Deus nos deu para nele lermos o que Ele, Deus, por assim dizer ali escreveu. Pode-se dizer que orar é também admirar. Na Idade Média a maior parte das pessoas não sabia ler, mas compreendia a simbologia das coisas olhando, por exemplo, os vitrais das catedrais.

O Cardeal Jean-Baptiste Pitra (1812-1889) falava em seus sermões da ciência sagrada do simbolismo. Infelizmente hoje quase não se fala mais disso. Seria preciso fazer uma verdadeira «escavação» para redescobrir esse tesouro. É suficiente dizer que os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo são plenos de simbolismo. Seus ensinamentos Ele os tirava, o mais das vezes, do mundo da natureza e da vida diária. Ele mesmo se dizia a videira, o pão, a luz, a porta, o pastor, etc.

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Nos séculos passados houve uma eflorescência de símbolos graciosos que rodeava cada ser criado. Isto era o fio de ouro que Deus teceu entre o céu e a terra para os unir. Este foi quebrado, infelizmente, e em vão tentou o Cardeal Pitra renová-lo...

Guardemos este princípio: cada objeto citado nos livros santos constitui um sinal natural e sensível de uma verdade sobrenatural.

O exemplo do arco-íris pode nos ajudar a entender o lado simbólico deste belo fenômeno da natureza.

Quanto mais os Padres da Igreja e posteriores exegetas se aproximam em suas interpretações do primitivo significado do arco-íris, tanto mais seus comentários se tornam acertados. É preciso aqui lembrar sobretudo as interpretações no que diz respeito a Cristo, pois Ele é a encarnação da misericórdia de Deus. Tal como o sol depois da tempestade iluminando as nuvens faz com que no céu apareça o arco-íris, assim, graças à irradiação (brilho) pelo Verbo eterno que as nuvens encobrem, apareceu Cristo em forma humana. Ele, como o arco-íris, abarca todo o universo e só Ele reconcilia o mundo com Deus.

(...) Simbólica interpretação de várias cores do arco-íris: o azul significa a origem divina de Cristo; o vermelho, Sua paixão; o verde, Sua atuação na terra.

Segundo outra interpretação, de São Basílio o Grande, o arco-íris é o símbolo da Santíssima Trindade: como arco, o arco-íris é formado por três cores principais, tal como Deus é um em três pessoas. E como não é possível separar de si as cores do arco-íris, assim também na Santíssima Trindade não existe divisão, embora em cada pessoa brilhe uma Divindade nos atributos que lhe são próprios.

O arco-íris foi também símbolo de Nossa Senhora, Medianeira das graças e de reconciliação. Por isso em um dos antigos hinos Ela é chamada «arcus pulcher aetheri» («lindo arco etéreo» ou «lindo arco celestial»).

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NR: Esta matéria foi escrita em genuíno e correcto português do Brasil, não devendo, portanto, confundir-se com uma aplicação das «regras» do chamado «Acordo Ortográfico», o qual é categoricamente rejeitado pela nossa Redacção.

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