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O comunismo das imigrações

24 de Setembro de 2025

Valdis Grinsteins

Valdis Grinsteins

O comunismo das imigrações

A esquerda tem todo o interesse em apresentar o posicionamento a favor ou contra a imigração apenas sob o ponto de vista do racismo. Para ela, ser contra significa automaticamente ser discriminador de raças, ser obtuso, não ter coração, ser egoísta e até perigoso.

Já noutro campo ideológico, há sectores da direita que invocam argumentos económicos dizendo que os imigrantes «nos tiram postos de trabalho», enquanto outros vão mais longe e mostram o perigo do choque de culturas ou mesmo do conflito religioso que vem associado às migrações.

Contribua com qualquer valor para o site "Cristãos Atrevimentos" Quero Doar Mas o que me chama a atenção é o facto de não se mostrar o lado comunista das migrações. Passo a explicar o que quero dizer com isto.

Para os comunistas, que são a expressão política do pecado da inveja, o pior dos «males» é a propriedade privada uma vez que esta é o que automaticamente diferencia as pessoas em classes sociais. Se uma riqueza maior, com efeito, coloca as pessoas em classe social mais elevada, a falta de riqueza pode colocá-las em vários graus de desfavorecimento económico, o que sempre acaba por se traduzir em «inferioridade» social. Como a luta de classes é parte essencial da doutrina comunista, essa diferenciação social é explorada para fomentar a inveja e esta, por sua vez, é transformada em agressão e em desejo violento de tirar aos outros o que eles têm «a mais» ou o que os diferencia.

A imensa maioria das pessoas vê este problema apenas de forma pessoal ou, quando muito, como problema de classes em que uns se defendem dos outros, em que os pobres roubam os ricos ou em que os ricos oprimem os pobres. Mas não enxergam mais do que isso.

Já para os comunistas, este problema é visto de forma mais ampla. Para eles, as nações não têm o direito de existir. No fundo, repugna-lhes a ideia de que determinado território seja propiedade privada de determinado povo e que nele só se possa entrar, viver ou trabalhar com autorização desse povo, ou seja, do seu governo e representantes.

Na sua lógica perversa, os comunistas são a favor de un globalismo desbandado, de um desejo de eliminar toda as barreiras, fronteiras ou limites. Muitos dos globalistas que nos governam não são outra coisa senão comunistas reciclados, pessoas que ontem declaravam abertamente o seu ódio à propriedade privada, mas que hoje, vendo o fracasso da sua ideologia, advogam a «solidariedade», o «acolhimento» ou a «partilha», para alcançarem o seu objectivo de abolição das fronteiras e nacionalidades.

Não nos deixemos enganar. Por detrás dessas migrações maciças está a cara enrugada, carrancuda e malévola do velho comunismo estalinista. Está o desejo de alcançar o «internacionalismo proletário» pela manipulação de multidões de pobres vindas de países que em muitos casos foram levados à convulsão social e à miséria por culpa deliberada desse mesmo comunismo.

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