John Horvat
O fim justifica os meios...
Por fim, o movimento trans seguiu a política de que o fim justifica os meios. O ensaio da revista New York Times Magazine relata que os activistas trans apresentavam a necessidade de mutilações para mudança de sexo em menores como um dogma médico que não podia ser contestado.
No entanto, as evidências médicas contra tais tratamentos aumentaram gradualmente à medida que vários países da Europa se iam afastando deles, um após outro, alegando que poderiam ser prejudiciais aos jovens. Apesar das evidências, a campanha a favor desses tratamentos continuou a apresentar duvidosas «descobertas» médicas em que os dados científicos foram distorcidos para se adequarem a uma agenda política. Mesmo os juízes do Supremo Tribunal não ficaram indiferentes à falta de rigor científico dessas «descobertas».
Tais atitudes de querer impor uma «verdade» tendem a suprimir o debate livre. Sullivan, com efeito, observa que os activistas radicais «não procuram envolver ou persuadir os oponentes, mas simplesmente demonizá-los, intimidá-los ou cancelá-los».
A verdadeira natureza da luta
Todos esses factores contribuíram para a derrota da ofensiva trans nas recentes decisões do Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
Os observadores mais moderados comentam que a solução consiste em persuadir os radicais trans a suavizar a sua mensagem para acomodar aqueles que discordam e convencê-los a desacelerar o ritmo do seu programa para que todos possam gradualmente chegar a um entendimento.
No entanto, esses moderados não compreendem a natureza dos radicais. O verdadeiro problema reside no facto de que o movimento LGBTQ não pode desacelerar. O seu dinamismo baseia-se na satisfação de paixões desenfreadas. A sua vanguarda radical nunca ficará satisfeita e sempre desejará mais, pois os seus activistas são escravizados pelo vício e buscam o paroxismo. Para eles, terá sempre que se acrescentar mais uma letra à sigla LGBTQ a fim de expressar uma forma mais extrema e imediata de escravidão. O movimento irá sempre reprimir aqueles que dizem não às suas exigências e também irá sempre descartar os revolucionários do passado que se interpõem no seu caminho.
Na verdade, esta é uma batalha moral baseada em noções objectivas do certo e do errado, não numa identidade sexual imaginária. A única maneira de vencer essa luta está na defesa de uma lei moral que reconheça as limitações da natureza humana. Está em adorar um Deus justo, amoroso e transcendente, que criou uma ordem libertadora dos homens e que dá à humanidade uma participação na Graça que ajuda a superar os efeitos da natureza humana decaída. A verdadeira felicidade nunca será encontrada nas paixões desenfreadas, mas está no conhecimento, no amor e no serviço ao Deus para o qual todos fomos criados.
Leia também:
Parte I
Parte II
Parte III
Fonte: Return to Order
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